segunda-feira, 7 de junho de 2010

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Amanhã prometo estudar mais, me dedicar mais, me responsabilizar mais. Amanhã quero prevaricar menos, festar menos, ressacar menos, gostar menos.


Amanhã... amanhã!

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sexta-feira, 4 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

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E na tentativa de fugir dos clichês,
acabo sempre em você
-constante-


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Relevância -drama interior em um ato-

*Ambiente: "Bar". Cenário composto apenas por uma mesa e duas cadeiras. Fundo branco.
*Personagens:
"A" - homem jovem, roupa casual;
"B" - mulher jovem, roupa casual;
"C" - idem, mas de aparência bastante distinta da anterior;
"D" - idem.

(A cena começa com as luzes apagadas. Ao fundo, som de rua movimentada. A luz se acende. Em cena "A", sentado em uma das cadeiras. Inquieto, olha várias vezes para o relógio. Entra "B". Cumprimentam-se com um beijo lascivo.)

A: Achei que você não viesse mais, já estava ficando preocupado!

B: Pois é... me atrasei porque minha mãe teve um dos seus surtos protecionistas, só me deixou sair depois de um exaustivo interrogatório de para onde eu ia, com quem, por que, como e blá, blá, blá...

A: Acho que sua mãe é um tanto quanto louca...

B: Sabe que eu já pensei nisso?! Mas cheguei à conclusão de que ela gosta mesmo é de um drama de vez em quando, só isso.

A: Pode ser... mas, me fala de você! Faz tempo que a gente não se vê, e as suas mensagens não matam minha curiosidade, na verdade elas só me deixam mais e mais curioso!

B: Ah... acho que não tenho nada pra te falar, minha vida é uma rotina tediosa que chega...

(interrompe A, como se nem ouvisse o que B estava dizendo)

A: Nossa! Ontem fiz rapel, saltei de paraquedas e ainda desci uma corredeira de canoa... ok! É mentira! Mas... se eu pudesse escolher, era isso que eu faria...

(longo silêncio constrangedor. A olha B fixamente)

B: O que você tanto me olha?

A: Ah! Eu gosto dos seus olhos! Gosto de ficar viajando neles, mergulhando dentro de você, imaginando todos os segredos que você esconde. Sabe, conversar com você me faz tão bem! Queria que nos víssemos todos os dias, nem que não tivesse nada pra falar -como agora - só pra poder te olhar.

(enquanto A e B se olham, ouve-se ao fundo o som da rua movimentada)

A: Faz tão pouco tempo que a gente se conhece, mas eu me sinto tão próximo de você!

(beijo)

A: Queria que as nossas tardes juntos - e as noites também - durassem para sempre... você não?!

(som de carros ao fundo)

B: (pensativa) Uhum...

(de mãos dadas, ficam se olhando interminavelmente. Depois de um longuíssimo tempo, o telefone de B toca. Atende)

B: Era minha mãe. Disse que se eu não chegar em casa em meia hora, me degola viva!

A: Acho que um dia desses você deveria desobedecê-la, só pra ver o que acontece... mas vai, então! Cuidado no caminho, nem sei o que faria sem você!

(beijo apaixonado com som de carros ao fundo. Sai B. Som de freada brusca ao fundo, seguido de batida e som de ambulâncias. Silêncio por alguns instantes. Toca marcha fúnebre. Luzes se acendem e se apagam, num curto ciclo - indicando a passagem o tempo. A em cena com outra roupa. C entra, se beijam, como na primeira cena. Sentados, A olha fixamente para C)

C: O que você tanto me olha?

A: Ah! Eu gosto dos seus olhos! Gosto de ficar viajando neles, mergulhando dentro de você, imaginando todos os segredos que você esconde. Sabe, conversar com você me faz tão bem! Queria que nos víssemos todos os dias, nem que não tivesse nada pra falar -como agora - só pra poder te olhar.

(Apagam-se as luzes gradativamente. Som de campainha. Acendem-se as luzes. A sentado no mesmo lugar, com outra roupa e segurando a mão de D, sentada onde antes estiveram B e C. Olha-a fixamente)

D: O que você tanto me olha?

A: Ah! Eu gosto dos seus olhos! Gosto de ficar viajando neles, mergulhando dentro de você, imaginando todos os segredos que você esconde. Sabe, conversar com você me faz tão bem! Queria que nos víssemos todos os dias, nem que não tivesse nada pra falar -como agora - só pra poder te olhar.


(Apagam-se as luzes pouco a pouco, acompanhando o tom de voz de A, que também baixa, até se extinguir. Som de trânsito)



-Fim do ato-

Eco

Nos echamos
y todo un lío
se hace en tu cabeza
-¡Sólo quiero hacerte feliz!

En la oscuridad
se esconde todo el brillo
del otro día
no te veo, pero te oigo
-¡Sólo quiero hacerte feliz!

Calientes aliento, piel y sudor
¡Hazlo!
Si quisieras tú lo podrías
-¡Sólo quiero hacerte feliz!

Rayando el sol
y el eco del eco
de lo que me dijistes
de lo único que quisiera yo oír
-¡Sólo quiero hacerte feliz!

I

En esta cueva hoy me acuesto
t'espero muerte inevitable
de manos frías y de gris aliento
en el rocío del amanecer aún oscuro

Amanecer del mayo
que de temperaturas dolorosas
en cubiertas blancas
asomo sufrido y padezco

¡Padezco!
porque ya no te puedo
tocar las manos frías con las mías calientes

¡Padezco!
porque la sonrisa torpe que se me vía
ahora ya no está