sobre onde nasce a inspiração
se da presença dos vãos momentos de dor
-em cada um dos versos-
ou da singeleza de cada sorriso, da felicidade (in)contida
-em cada uma de minhas estrofes-
Me parecem vazios tais questionamentos
Não me pergunte de onde vem a inspiração,
porque eu jamais saberia te responder
me pergunte, sim, o quanto dói cada uma dessas palavras
ao sair de minhas entranhas putrefatas e vazias
-nos momentos de tristeza-
ou radiantes, coloridas -vivas- nos momentos de felicidade
E de que cor seriam, que aromas trariam, que palavras escolheriam
os momentos de dúvidas e incertezas
os que vivo constantemente, involuntariamente
escrevo em livre verso, verso livre, verso leve
-para que leve(m) meus versos-
mas livre não é o que eles são
condicionados sim, arrematados sim, engrenados, enjaulados(sim!), atordoados
Sim!
É isso o que eles são, é isso o que eu sou, é isso o que se espera
E assim será.